quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Mercado de Trabalho para Engenharia Mecânica

Como estudante de engenharia mecânica acredito que o mercado de trabalho esteja esperando um profissional com visão generalista, mas que tenha afinidade com o campo escolhido dentro desta atividade. Contudo, é importante afirmar que em uma área de conhecimento tão vasta, optar dentre as diferentes atuações do engenheiro mecânico requer certo esforço para que sejam descobertas as verdadeiras, ou de maior interesse, aptidões do indivíduo e que este ao chegar ao mercado de trabalho receba o impacto das atividades profissionais de forma harmoniosa.


Creio que a universidade ao tentar formar mão-de-obra mais generalista, e portanto seguir as tendências do mercado, corre sério risco de levar à sociedade um profissional com conhecimentos pouco práticos e pouco profundos, assim deixando à cargo do mercado de trabalho, na forma de estágios e bolsas de iniciação científica durante a graduação, e de futuras especializações o aprofundamento e a prática. A meu ver, esta decisão por parte da universidade dificulta a opção, precoce, que esse sujeito terá de fazer pelas diferentes áreas de atuação do engenheiro mecânico.

Desta forma é de extrema importância que seja lançado mão do auto conhecimento como ferramenta no auxílio a tomada de decisões de forma mais segura no início de carreira. Aparentemente existe uma ilusão de que o engenheiro mecânico formado poderá ter experiências em diferentes áreas de conhecimento como: ciências térmicas, estruturas e mecânica dos sólidos, ciência dos materiais e processos de fabricação, sem a menor dificuldade, no entanto a realidade aponta que uma vez escolhido um campo de atuação fica, com o passar do tempo, mais difícil a troca ou reinserção no mercado em outra área.

De forma que um profissional possuidor de auto conhecimento consegue decidir sobre a melhor área de atuação, contemplando suas características pessoais, e desta forma trazendo motivação no desenvolvimento do seu trabalho no dia-a-dia, além de aumentar a identificação profissional, fazendo que o trabalho seja propulsor da auto-realização, tão comentada, do indivíduo.

Logo, o mercado de trabalho impõe, com a conivência da universidade, algumas decisões para o profissional mesmo que este não esteja preparado, ou queira fazê-las. Por isso da importância do auto conhecimento e da identificação profissional do trabalhador sobre suas intenções e objetivos na profissão.

                                                                                   Acadêmico: Julio Elias Hilgert

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