quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O MERCADO DE TRABALHO E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Saber como anda o mercado de trabalho é essencial aos profissionais que pretendem investir em uma carreira. Saber o que é buscado num profissional, o que o mundo globalizado exige, as regras de trabalho, como está a competitividade é imprescindível para compreender o mercado de trabalho da atualidade.


Como as mudanças ocorrem muito rápido atualmente acaba parecendo impossível acompanhar todas. Por isso é importante estar atento pelo menos as mudanças da profissão escolhida. Porém esta não deve ser a única atenção que o profissional deve ter. É importante que ele se mantenha atualizado em conhecimentos de informática, línguas, acompanhe jornais, revistas, etc.

Além de manter-se atualizado e informado, para o sucesso profissional é salutar a criatividade. O diferencial dos profissionais bons e ótimos pode estar nessa qualidade. Então é importante praticar ela e tentar pôr em prática as idéias criadas, buscando soluções diferentes das existentes.

Sou estudante do curso de sistemas de informação, e desde o início da faculdade iniciei um estágio em uma empresa de desenvolvimento de softwares. Com o passar do tempo fui contratado pela empresa e hoje desempenho o papel de Programador/Analista de Sistemas. O mercado de trabalho para quem faz o curso de sistemas de informação é abrangente. Há possibilidades de trabalhar com desenvolvimento de softwares (programação), redes de computadores, bancos de dados, consultoria em informática, conserto de hardware, entre outros. Além disso, há uma perspectiva de crescimento de mercado muito boa, pois inúmeras áreas importantes de atuação dependem da tecnologia da informação.

Em Florianópolis, existem vagas principalmente para programadores.

Quando iniciei o estágio, o objetivo era desenvolver o conhecimento como programador, utilizando uma determinada linguagem de programação. Como eu estava no 1º semestre não conhecia sobre programação e por isso, tive receio do que encontraria pela frente, já que o que eu sabia era apenas que eu gostava de computadores. Porém com o passar do tempo e aprimoramento do conhecimento percebi que era realmente algo que eu gostava.

Ao meu ver, devido às grandes possibilidades presentes para um profissional de informática, o autoconhecimento é fundamental. É ele que vai subsidiar o fortalecimento da auto-estima e ajudar a corrigir os pontos negativos existentes na pessoa, tornando-a melhor. Contudo, acredito que para a área de informática, além do autoconhecimento, para encontrar a identidade profissional é necessário a prática, pois é muito complicado saber exatamente o que é realizado na profissão. As funções podem passar por diferenças sutis e difíceis de serem percebidas apenas na teoria.

Assim, acredito que um profissional da área de informática deve antes de tudo se conhecer. Identificar as qualidades e defeitos, vontades e desgostos, pois este é o passo inicial para que com a prática a verdadeira identidade profissional seja descoberta.

                                                                                        Acadêmico: Fabrício Ferreira de Mendonça

O Mundo do Trabalho na Atualidade

Por trabalho, compreende-se qualquer atividade humana, voltada a uma finalidade específica, visando à satisfação de necessidades. O principal aspecto do trabalho, porém, não diz respeito aos objetos e bens através dele alcançáveis, mas sim à formação do próprio homem e ao seu autoconhecimento por meio do trabalho.


O trabalho importa ao homem tanto para a sua sobrevivência, quanto para a sua realização pessoal. Dentre esses dois aspectos, é o último que mais interessa à escolha profissional e ao planejamento de carreira, vez que, ao profissional que vê o sentido de sua atividade e realiza-se nela, não hão de faltar os meios necessários ao seu sustento.

Após a Revolução Industrial, o trabalho humano passou a ser compreendido sob uma ótica reducionista e materialista, referindo-se às atividades realizadas de modo cada vez mais rotineiro e irreflexivo. Nesse contexto, perde-se o sentido de auto-realização através do trabalho, o qual passa a ser definido como uma mercadoria, isto é, como uma simples quantidade de esforço humano a ser vendida pelo melhor preço obtido.

A visão do trabalho meramente como meio de produção e obtenção de riquezas é uma degradação daquilo que, essencialmente, deveria refletir uma importante finalidade do trabalho humano: a realização pessoal e a contribuição social. Aquela primeira perspectiva, reducionista, é insuficiente à satisfação das necessidades humanas, já que o homem não se realiza apenas pelos frutos materiais obtidos com o trabalho, mas, também, com tudo aquilo que vem ele próprio a tornar-se, bem como por todo o bem que proporciona à comunidade pelo exercício de um trabalho.

O trabalho perde sua plenitude significativa quando, restrito ao utilitarismo e ao objetivo de produção de riquezas e obtenção de “status” na sociedade, “a maioria dos funcionários não vê, nem se apropria simbolicamente do resultado de seu trabalho; a fragmentação das tarefas os transforma em simples elos de uma corrente, da qual não conseguem enxergar o início, o fim, nem a finalidade” (cf. Matos, 1994; 31). Trata-se de um trabalho vazio, que não contribui à formação da identidade e à realização do trabalhador.

Para evitar-se a perda do sentido subjetivo do trabalho, ou seja, do seu papel decisivo na estruturação da identidade, é preciso ter-se em consideração uma série de fatores que exercem importante impacto sobre as escolhas profissionais e, também, sobre o próprio desempenho de uma atividade profissional. A valorização e descoberta das próprias âncoras de carreira auxiliam nesse processo de autoconhecimento e de identificação de fatores indispensáveis à satisfação pessoal no trabalho e, portanto, contribuem também ao resgate do caráter espiritual que lhe é inerente.

Para a inserção no atual mercado de trabalho, requer-se dos profissionais, porém, mais do que identificação com a carreira escolhida. É necessário, cada vez mais, que o trabalhador desenvolva habilidades do empreendedorismo e da empregabilidade.

Por empreendedorismo, entende-se a atividade de pessoas e organizações para implementar uma idéia por meio da aplicação da criatividade, assumindo determinados riscos e responsabilidades, com o fito de transformar determinado projeto, recurso ou bem em um produto mais lucrativo.

Em estudo de Birley e Westhead (1992), são citadas as 5 necessidades do empreendedor: 1- a necessidade de aprovação de seus comportamentos, isto é, a busca por uma alta posição na sociedade; 2- a necessidade de independência, expressa pela flexibilidade na vida profissional e familiar e pelo controle do próprio tempo; 3- a necessidade de desenvolvimento pessoal, consistente na necessidade de ser inovador e de aproveitar as oportunidades; 4- a necessidade de segurança, e; 5- a necessidade de auto-realização, quer dizer, de realização máxima de seu próprio potencial, a permitir o desenvolvimento e o descobrimento das próprias capacidades.

Dentre as mais importantes habilidades do profissional empreendedor, cumpre destacar: 1- a facilidade para identificar novas oportunidades de produtos e serviços, ou seja, o faro, a capacidade de pensar inovadoramente; 2- a valoração de oportunidades e o pensamento criativo; 3- a persuasão na comunicação oral e escrita de suas idéias; 4- a habilidade de negociação, e; 5- a capacidade de aquisição de informações sobre mercados, avanços tecnológicos e demais conteúdos necessários à constante adaptação às novas realidades.

A atuação de um profissional empreendedor envolve o desempenho das seguintes funções: a descoberta de novas informações, traduzíveis em novos mercados, técnicas e bens; a procura por oportunidades, a avaliação das mesmas e a definição dos riscos; o levantamento dos recursos financeiros, o desenvolvimento de cronogramas e metas necessárias ao empreendimento, e; a motivação e a liderança do grupo de trabalho.

Estas características do empreendedor são úteis aos profissionais inseridos no mercado de trabalho atual porque, dada a competitividade e o excesso de oferta de trabalho, as habilidades empreendedoras tornaram-se indispensáveis ao trabalhador que quiser manter um empreendimento no mercado, ou, tão somente, desejar permanecer empregado.

O trabalhador, para manter-se empregável, precisa conhecer o próprio mercado de trabalho e oferecer um serviço atraente e atualizado. A segurança profissional não advém da fidelidade e dedicação do empregado, mas da prestação de um serviço adequado e satisfatório às novas necessidades. A habilidade que torna o profissional empregável é a flexibilidade, isto é, a capacidade de adaptação às mais distintas situações e a capacidade de constante aprendizado.

                                                                                                     Acadêmica: Cristiane Araujo
                                                                                                  

TRABALHO, EMPREGABILIDADE, AUTOCONHECIMENTO, EMPREENDEDORISMO E ORENTAÇÃO PROFISSIONAL NUMA PERSPECTIVA PESSOAL DE ESCOLHA PROFISSIONAL

Segundo Ferreira (1986), considera-se trabalho toda aplicação de forças e faculdades humanas dispostas a um determinado fim. Mas entende-se que este é um conceito atual, vez que os animais também realizam atividades e trabalham, mesmo que o trabalho humano possa se distinguir mais claramente quando existe a possibilidade de utilização da racionalidade humana na execução de tarefas. Tanto é, que é comum ouvir-se a expressão: “Trabalhei como um cavalo” ou fulana trabalha como uma “formiguinha”.


Se analisarmos a história do trabalho, desde o início com o desenvolvimento da humanidade, o convívio social possibilitou a união de todos e a divisão de tarefas. A divisão de tarefas natural colocou sob a responsabilidade da mulher a preponderância de atividades de criação dos filhos e doméstica, cabendo aos homens atividades que exigiam mais força bruta, a caça, etc .

Após este primeiro movimento, que criou a força de um grupo sobre os mais fracos, criou-se a instituição da escravidão. Por abominada através da criação de outros valores, desenvolveu-se a servidão que era mais aceitável, até que estes se tornaram independentes pelas atividades artesanais .

Com o advento da era capitalista o trabalho agregou outro conceito, a comercialização do trabalho em troca de salário. A revolução industrial provocou um grande desequilíbrio financeiro entre o trabalhador e dono da fábrica, bem como provocou a exploração do trabalho humano. Para coibir abusos foram-se criando várias leis protetivas no mundo todo, criou-se assim o conceito de emprego, e várias teorias foram pensadas sobre esta nova forma de relação entre o homem, a máquina e indústria.

Desta forma pode-se vislumbrar o emprego com um trabalho desenvolvido por um sujeito (o empregado) que presta serviços a outro (o empregador). Esta relação é protegida por leis trabalhistas sociais e públicas, limitando horário, local, tempo. A par disto criaram-se institutos de aposentadoria e de saúde, além de outros órgãos de proteção aos direitos do empregado.

Tanto o fordismo, como taylorismo e a automação criam distorções na execução de tarefas humanas, retirando-lhe a criatividade e causando lesões, nos dias de hoje as LER/DORT são comuns devido ao excesso de movimento repititivos. O mercado atravessado pelo desemprego devido às crises nos mercados mundiais, o empregado se vê cada vez mais desvalorizado, enquanto os empresários procuram intensamente a alteração de leis existentes para que sejam menos responsabilizados pelo risco de sua atividade lucrativa. A balança tende a pender para o empregador com os movimentos flexibilizantes, substituição de cargos por mão-de-obra barata como estagiários, terceirização de serviços e desmobilização do trabalhadores pela inatividade sindical .

A respeito dos estágios nas empresas, que os alunos de Universidade valorizam tanto, é preciso notar que a CLT sempre têve a previsão do contrato de experiência, de 3 meses, podendo ser renovado por mais 3 meses, o que legalmente se fazia antes da proliferação de estágios. No meu entender, os estudantes deveriam ser aproveitados nesta modalidade, apenas ampliando-se o tempo de experiência para 01 ano ou mias, pois teriam direito a um salário igual ao nível inicial da carreira pretendida e todos os direitos férias, décimo terceiro, previdência social, etc.

Ademais, a recente alteração de competência para a Justiça do trabalho de outras causas de natureza trabalhista parece não ter vindo em benefício do trabalhador, por exemplo, o acidente de trabalho tinha, anteriormente prazo de prescrição de 20 anos para ser reclamado e na Justiça do Trabalho passou para 5 anos o reconhecimento do direito. Algumas leis esparsas que vem beneficiando algumas situações de crise entre empregado e trabalho são paliativas, perante o prejuízo do trabalhador que adquire uma lesão no trabalho (LER) e que dura anos até invalidá-lo, quando então não terá mais nenhum direito.

Torna-se crescente, hoje, na doutrina e na Justiça, a discussão sobre assédio moral. Isto porque o trabalho tem um significado e o comportamento dos indivíduos deve estar norteado por valores. Inobstante não haver consenso entre estes valores, estudos apontam para a importância deste construto , como fator essencial para a dignificação do ser humano, elaboração de uma identidade, socialização e sua dinâmica no cumprimento de tarefas em caráter de subordinação e dependência, em contraposição às metas e valores da empresa, sempre voltados para o lucro.

O empreendedorismo é uma corrente de pensamento social que projeta a união dos atores sociais (empregados e empresa) em torno de possíveis idéias geradoras de transformações, criativas, que reduziriam o risco do empreendimento.

Apesar de pensar que o empregado muitas vezes se encontra dominado pelo patrão e dificilmente consegue colocar suas idéias no empreendimento, a não ser por indução deste, é possível que se ultrapasse esta barreira protetiva adotando-se o salário por comissão, ou outras modalidades, que estabeleçam um mínimo de salário ao trabalhador e garantia de emprego, para que não passemos ao empregado o risco do empreendimento, o que não é possível legalmente. Seria melhor então criar-se sociedades livres, estimular o cooperativismo, onde todas opinam e exista, em contrapartida ao risco, uma repartição de lucros iguais.

A meta de todo empregado é adquirir a qualidade denominada “empregabilidade”, para que possa se manter no mercado de trabalho e escolher o trabalho que melhores condições lhe propicie, inclusive adequando-as à sua âncora de carreira.

O conceito de empregabilidade tem sido muito discutido e vê-se hoje, na formação da juventude, um encaminhamento para o alcance de habilidades que sejam procuradas no mercado. Há muita necessidade no mercado dos conhecimentos de informática, outras línguas, conhecimentos e experiência.

Há alguns anos atrás eram as empresa que contratavam os empregados, ainda jovens, com formação de nível secundário, e os treinavam para exercer funções especializadas dentro da empresa. Muitas empresas ainda investem continuamente em seus empregados , mas para uma economia globalizada, a demanda parece não ter fim.

Numa economia como a brasileira e também no mundo, onde prepondera o desemprego, os jovens de hoje são obrigados a se auto-qualificarem cada vez mais, para algumas profissões um só curso universitário não é mais suficiente para garantir empregabilidade, gerando um fenômeno comum hoje em dia: os filhos acabam ficando sob a dependência dos pais durante muito mais tempo.

Se, antigamente, com 18 anos era possível conquistar um bom espaço no mercado, hoje, a idade média tem se projetado para além dos 29 anos, tempo suficiente para um ou dois cursos universitários ou doutorado. neste espaço, as empresas somente lucram, não precisam investir no empregado que já vem pronto. Entendo, particularmente, que estas exigências do mercado são favoráveis às empresas, criam abismos sociais entre empresas altamente lucrativas e bilionárias e a população que precisa do trabalho para sobreviver. As empresas que requisitam este tipo de mão-de-obra altamente qualificada deveriam dar uma contrapartida disto à sociedade, através de investimentos em universidades.

Diante da realidade do mercado, precisamos também discutir outros fatores relativos ao risco do empregado que submete à empresa, além das questões relativas a empregabilidade e desemprego. Carecem de eficácia as leis que dão garantia à saúde do trabalhador. A ergonomia é a ciência que estuda a adaptação psicofisiológica do trabalho ao homem, evitando com isto o adoecimento.

Noutro vértice, uma disciplina que venha a discutir a empregabilidade, adequação vocacional, competência profissional, idoneidade, a própria saúde física, financeira e mental e o relacionamento pessoal e social do empregado tem também um conteúdo inverso: a adaptação do homem ao trabalho.

A adaptação do homem ao trabalho contribui para uma melhor ergonomia, mas não implica em desobrigar as empresas de fazerem a sua parte que é adaptar o trabalho ao homem.

Acredito que toda a questão da orientação a uma carreira deva ter em vista tanto os aspectos psicológicos como os biológicos envolvidos, por exemplo, cita-se a questão do acidentado que perde alguma de suas funções e tem que adaptar-se a uma nova profissão.

Enfim, o trabalho dignifica o homem desde que seja lícito (toda regra tem exceção, o trabalho do bandido não o dignifica), todo o conforto existente na sociedade como saúde, produtos alimentícios, vestuário, moradia, ensino, transporte e remédios até objetos de luxo ou prazeres como uma viagem de férias são possíveis porque existem trabalhadores que fazem existir o mundo do jeito que nós o queremos. Cada vez melhores possibilidades nos são oferecidas, através de produtos ou serviços e nos inserimos no mundo também ofertando nosso trabalho, através de produtos ou serviços. Precisamos dos outros como precisam de nós. O trabalho é eminentemente a inserção do indivíduo na sociedade. Que haja mais justiça para que quanto mais se trabalhe (e estude), mais se possa receber.

 Ponto de vista pessoal na profissão escolhida

Decidi me tornar escritora e diante dos conhecimentos adquiridos nos textos indicados, percebo mais claramente minhas habilidades e deficiências, além de questões próprias do mercado de trabalho que na posso ignorar.

Acredito que devo, precípuamente, aprender técnicas de redação, aumentar minha rede de relacionamentos, aumentar minha bagagem cultural.

Percebi conceitos que estão arraigados na cultura mas vagueiam despercebidos na sociedade, o autoconhecimento é para mim uma questão fundamental: ninguém que não se conhece pode saber o que quer. Dentro disto, posso pensar em fazer alguma coisa de útil.
                                                                                        Acadêmica: Neusa Maria Kuester Vegini

Referências
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
KRAWULSKI, Edite – A Orientação profissional e o Significado do Trabalho. 1991- Revista da Abob V.2 N.1 -1998
LISBOA, Marilu – Curso de Formação em Orientação Profissional: Empregabilidade. 2007
MINARELLI, J.A. – Empregabilidade: Como ter trabalho e remuneração sempre.15.ed.São Paulo: Gente, 1995
SARRIERA, Jorge Castella (org) – Desafios do Mundo do Trabalho: Orientação, inserção e mudanças. Porto Alegre: Edi PUC RS, 2004

Profissão: uma escolha e realização

Escolher uma profissão, um trabalho ou a carreira que vamos desempenhar ao longo de nossas vidas não é uma tarefa das mais fáceis. Há muito tempo os jovens que anseiam por ingressarem no mercado de trabalho andam as voltas em como definir o que querem fazer de suas vidas profissionais. É bem verdade que os avanços tecnológicos, as altas taxas de desemprego, e a instabilidade decorrente de um mercado econômico aberto e suscetível a mudanças constantes tornam-se sérios agravantes. Neste sentido, nos perguntamos como podemos buscar uma carreira profissional, sem dispor dos conhecimentos de algumas das nuances envolvidas na escolha de uma profissão e aventurar-se no mercado de trabalho? Como podemos além de conseguir colocação encontrar realização profissional naquilo que escolhermos fazer? Ainda poderíamos aventar mais uma questão. Existem possibilidades de termos realização e prazer naquilo que fazemos como trabalho, ou seja, naquilo que nos dá condições de satisfação de nossas necessidades básicas?


Vemos em Krawulski (1998) que o trabalho está presente desde o início da história do homem e que este último sendo marcado por uma condição básica de insatisfação é conduzido, por um instinto de conservação ligado a um aspecto biológico, a satisfação e atendimento de suas necessidades. Contudo, existe ainda um outro aspecto de ordem psicológica, que permite ao homem enquanto satisfaz suas necessidades primárias durante o seu trabalho encontrar um sentido ou uma auto-realização naquilo que está executando.

Por muitos séculos o trabalho tinha como objetivo produzir bens voltados para o próprio consumo, como produtos agrícolas sempre ligados a terra; ou mesmo as atividades de artesanato eram sempre direcionadas ao atendimento de suas necessidades mais imediatas, mas existia em todas estas atividades um elemento fundamental de satisfação. Todas elas eram caracterizadas pelo envolvimento dos sujeitos no início, meio e fim dos processos.

O Trabalho artesanal não era, pois, apenas uma atividade útil; além disso, trazia em si uma profunda satisfação, pois, em sua realização, os artífices aperfeiçoavam suas potencialidades e destrezas”. (Krawulski, 1998, p. 9).
O intenso desenvolvimento artesanal e comercial gerou significativas mudanças estruturais nas sociedades e na economia, que então culminaria gradativamente na era capitalista, que tiveram como requisitos a produção de mercadorias em grande escala e a circulação intensificada através do comércio. Como conseqüência de tais mudanças ocorreram transformações na concepção do trabalho e em suas atividades. Mudanças estas que refletem também na esfera psicológica, passando a predominar “um sentimento de inquietude” que envolve a todos, onde sucesso material e riqueza passam a ser palavras de ordem. Há uma fundamentação na ideologia do progresso baseada na rápida industrialização. E neste período dá-se início ao processo de submissão do trabalho ao capital. O trabalho que inicialmente aparece na história vinculado ao atendimento de necessidades de existência, a partir dessas mudanças gradativas passa a ter uma conotação puramente econômica (Krawulski, 1998).

Neste contexto histórico o significado que o homem atribui ao trabalho passa por mudanças e transformações que estão diretamente influenciadas pela lógica capitalista. O trabalho perde a sua dimensão social e passa a assumir:

“(...) um conceito ideológico de trabalho que foi construído dentro de uma perspectiva moralizante e utilitarista, resultando no atendimento das relações capitalistas de trabalho como naturais e necessárias, às quais o indivíduo deve se conformar” (Krawulski, 1998, p. 13).

 
Minarelli (1995) nos adverte da situação brasileira em função de seus contrastes quanto a diversos níveis de desenvolvimento e modernização empresarial e industrial. Com a abertura do mercado aos produtos estrangeiros nas grandes capitais é sensível a dificuldade encontrada na aceitação dos produtos, pois com uma conexão com o mercado externo fica mais fácil aos consumidores terem acesso a produtos de melhor qualidade, que agregam maior tecnologia e, principalmente, preços mais competitivos. O autor ainda salienta os aspectos relacionados à reorganização dos sistemas produtivos no Brasil, que vem se dando de maneira gradual e variando de acordo com o grau a que as empresas brasileiras vão sendo expostas ao mercado externo, criando o que ele chamou de “bolsões de modernidade e de atraso”. Tais empresas garantem uma sobrevida ao tipo de profissional que resiste às mudanças – profissional dinossauro.

O profissional precisa aprender a deixar algumas coisas mais antigas irem embora e absorver outras novas, sem ficar frustrado com isso. (...) Como o bambu que se curva sob a ação do vento, permanecendo intacto quando o tempo fica novamente estável” (Minarelli, 1995, p. 44).

Com base nestes elementos buscamos compreender qual o significado do trabalho para os sujeitos. Estabelecer uma visão mais clara acerca do que está por traz de nossas escolhas e de nossas percepções em relação ao mundo do trabalho.

Sendo assim, podemos refletir que o trabalho ao passar por todas estas mudanças, as quais foram sucintamente descritos até aqui, produzem reflexos e marcas indeléveis na vida dos sujeitos. Os processos produtivos envolvidos nas mais diversas atividades sofrem constantes mudanças que objetivam maiores resultados e lucros aos detentores do capital e dos meios de produção, restando àqueles que buscam ingressar no mercado de trabalho adaptar-se, ou como salienta Krawulski (1998) conformar-se ao conceito moralista e utilitarista, próprio da naturalização das relações capitalistas de trabalho.

Acreditamos apesar da constatação das dificuldades apresentadas aos sujeitos ingressos e já atuantes no mercado de trabalho, que é possível fazer escolhas quanto ao rumo que devemos dar a nossa carreira profissional. Conforme Sarriera et al. (2004), o significado do trabalho se constrói a partir de uma compreensão subjetiva, que é variável de individuo para indivíduo, onde o indivíduo em sociedade ao apropriar-se de concepções de trabalho presentes em seu tempo histórico recombina estes elementos e atribui um sentido todo próprio.

Com base neste argumento podemos pensar na construção de uma realidade que não fique apenas limitada às imposições da lógica capitalista, mas que amplie a perspectiva dos sujeitos quanto à sua atuação. O fato de estarmos inseridos em uma cultura e em uma sociedade em que os valores reforçados priorizam o individualismo, não nos isenta da responsabilidade que temos com o coletivo. Por isso, como afirma Sarriera et al. (2004):
 
    “impõem-se a necessidade de repensar os valores individuais, organizacionais e sociais, identificando o quanto estes encontram-se inter-relacionados, para que o trabalho possa significar uma possibilidade de auto-realização e fonte de desenvolvimento social” (Sarriera et al., 2004, p. 131).

Uma proposta que nos parece bem atual é aquela sugerida por Minarelli (1995), em que propõe um novo conceito, denominado de empregabilidade, que vem corroborar com tal idéia de ampliação e maior envolvimento de todos os seguimentos no sentido de propor políticas ou orientações nas áreas de treinamento e desenvolvimento. Em poucas e simples palavras podemos compreender o conceito de empregabilidade como “a condição de dar emprego ao que se sabe, a habilidade de ter emprego” (Minarelli, 1995, p. 37).

Há uma tendência de mercado que não mais garante que um empregado fique na organização até sua aposentadoria. O resultado é que as pessoas estão obtendo formações mais generalistas para atenderem à demanda das organizações, as quais buscam pessoas com conhecimento amplo e múltiplas habilidades. É possível considerar bastante oportuno para os empregadores que seus profissionais sejam multitarefas, que tenham “habilidade para tocar sete instrumentos”. Entretanto, não podemos esquecer que esta exigência de mercado acaba criando após anos de estudos (que não deve deixar de ser um hábito), dedicação a uma carreira e visão ampla dos processos envolvidos na organização onde atua, alguém autônomo e apto para seguir uma carreira solo.

Talvez agora possamos dispor de alguns elementos que nos darão condições de responder, ou pelo menos ampliar a percepção acerca das questões que propomos no início deste texto. Para ingressarmos no mercado de trabalho é possível fazer sem nenhum conhecimento ou mesmo informações sobre o que é relevante, mas as chances de realização na atividade que venhamos a desempenhar acabam ficando bem reduzidas. Adequação profissional é um dos pés do “quaradouro”, como nos adverte Minarelli (1995), ao lado dos outros cinco pilares que sustentam a empregabilidade: competência profissional, idoneidade, saúde física e mental, reserva financeira e relacionamentos.

Obter realização profissional não é nada fácil. Encontrar aquilo que te dá prazer, e, desejo, em querer estar cada vez mais envolvido com o seu trabalho demanda tempo e dedicação ao seu autoconhecimento. Talvez não tenhamos maturidade no início de nossa carreira para identificar àquilo que é nossa “âncora de carreira”, mas estarmos desde o início orientados com os nossos valores, certamente é um grande começo para que possamos nos respeitar e escolher entre as oportunidades que surgirem, àquelas que nos darão satisfação e, possivelmente, realização profissional.
                                                                               Acadêmico: Edinaldo Alves Rabelo


Referências
 Minarelli, J. A. Empregabilidade: Como ter trabalho e remuneração sempre. 15 ed. São Paulo: Gente, 1995, p. 37-43.
Rocha, K. B.; Sarriera, J. C.; Pizzinato. A. Significado do trabalho e valores organizacionais. In: Sarriera, J. C.; Rocha, K. B.; Pizzinato. A. Desafios do mundo do trabalho: orientação, inserção e mudanças. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
Krawulski, E. A orientação profissional e o significado do trabalho. Revista da ABOP, v. 2, n. 1, 1998.





Economia e Mercado de Trabalho

É inegável que ao longo dos tempos somos educados para o trabalho, conceito este definido por Bueno (1988, apud KRAWULSKI, 1988, p.7) como sendo um “...exercício, aplicação de energia física de algum serviço, numa profissão, ocupação, mister, ofício, labuta, esforço; esmero, cuidado, dedicação, feitura de uma obra; a própria obra já executada; livro, compêndio; escultura, pintura; aflição, sofrimento; parto”. Com esta definição ao voltar o olhar para a história da humanidade, pode-se verificar que desde os primórdios existiu o trabalho, o que difere os diferentes períodos históricos não é o que se faz, mas como se faz os meios de trabalho, os instrumentos utilizados e a importância social atribuída a ele, entretanto enquanto condição humana permaneceu. Ou seja, o homem diferente de todos os outros animais é capaz em sua mente visualizar a construção de um projeto antes de torná-lo real. O homem com sua própria ação, transforma, impulsiona, modifica a natureza, afim de apropriar-se dos seus recursos, imprimindo-lhes forma útil a vida humana. Nessa ótica, com certo dispêndio de esforço racional e consciente o trabalho sempre foi um modo de satisfazer alguma necessidade humana sendo ela física ou psicológica.


Com a evolução dos diferentes modos de produção, vão surgindo modificações no sentido que as pessoas dão ao trabalho e em tantos outros aspectos, sendo que no modo de produção capitalista, com o advento da revolução industrial se reconhece o rompimento de muitos aspectos encontrados em vários outros modos de produção tais como a tradição, religião, família, valores que vão dando lugar a uma sociedade organizada com base na produção. De acordo com Cattani (2000, aput ROCHA, 2004 p. 116), “Com o processo de industrialização e o capitalismo houve grandes modificações na relação que o homem estabelecia com o seu trabalho. Com o desenvolvimento do sistema capitalista, o trabalho assume a forma de mercadoria.”

É importante ressaltar que neste período surge o termo emprego, definido como uma relação onde existe um vínculo seja ele formal ou informal existindo uma remuneração. De forma geral a noção de emprego estava, até o final do fordismo, associada à idéia de estabilidade, previsibilidade e certeza. Com a transição para o pós-fordismo/toyotismo incorporando profundas transformações como a globalização, inovações tecnológicas, níveis de exigência cada vez maiores do mercado de trabalho, verifica-se uma flexibilização nas relações de trabalho.

Atualmente com as privatização de empresas públicas e conseqüente demissões em massa, verifica-se cada vez mais a precarização do trabalho e suas relações, sendo que o trabalhador vê-se forçado a buscar um novo perfil em um mercado cada vez mais exigente. Por outro lado, é senso comum a importância do trabalho na vida em sociedade. Segundo Castells (1999, p.265),

o processo de trabalho situa-se no cerne da estrutura social [...] e a transformação tecnológica e administrativa do trabalho e das relações produtivas dentro e em torno da empresa emergente em rede é o principal instrumento por meio do qual o paradigma informacional e o processo de globalização afetam a sociedade em geral.

Portanto, com todas as mudanças e inovações que surgiram, tem-se inicio, a novas exigências, que tende a mudar cada vez mais rotinas e conceitos. Trabalho, emprego, lazer, a maneira das pessoas se relacionarem, vida pessoal, estão modificando-se com rapidez na economia globalizada, ingressar nesse processo não é mais uma escolha, mas uma circunstância que acaba envolvendo a todos. Esta à frente quem se antecipa, adaptando-se rapidamente as novidades que chegam a cada dia. Eis que surge então o conceito de empregabilidade que baseia-se numa recente nomenclatura dada à capacidade de adequação do profissional às novas necessidades e dinâmica dos novos mercados de trabalho. Remete à capacidade de um profissional estar empregado, mas muito mais do que isso, à capacidade do profissional de ter a sua carreira protegida dos riscos inerentes ao mercado de trabalho.

De acordo com Minarelli (1995, p.50-71) existem seis pilares da empregabilidade, que garantem a segurança profissional do indivíduo: i) adequação vocacional (motivação e prazer pelo trabalho; estar na profissão certa); ii) Competências profissional (capacidade de liderar pessoas; preparo técnico;habilidade política; habilidade de comunicação oral e escrita em pelo menos dois idiomas; habilidade em marketing; habilidade de vendas; capacidade de utilização dos recursos tecnológicos); iii) Idoneidade(ética; conduta; correção;respeito); iv) Saúde física e mental (Cuidar do equilíbrio, do desgaste exagerado, cuidar do corpo, pessoas saudáveis tem bons relacionamentos e interage de maneira favorável); v) Reserva financeira e fontes alternativas de aquisição de renda(a perda do emprego significa a perda da entrada de receita, você deve fazer uma reserva mês a mês, a reserva é uma defesa uma garantia que o sustenta); vi) Relacionamentos (quem conhece pessoas, adquire informações importantes e relevantes, uma pessoa cuidadosa registra seus relacionamentos).

Outra conseqüência visível das transformações que vem ocorrendo nas últimas décadas é o redimensionamento do termo empreendedorismo, definida por Bom Ângelo (2003, aput LISBOA, 2007, p. 1) como sendo “... a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia por meio da aplicação de criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comumente se chama de risco”. O empreendedor possui algumas características principais: a primeira delas é a necessidade de aprovação, independência, desenvolvimento pessoal, segurança e auto-realização que influenciam no seu comportamento. A segunda são valores de existência, estéticos, intelectuais, morais e religiosos, impactam diretamente nas tomadas de decisões. A terceira diz respeito às habilidades diz respeito as suas habilidades de identificar novas oportunidades, pensamento criativo, comunicação persuasiva, negociação e aquisição de informações. A última é um fator chave para o sucesso do empreendedor, o conhecimento que este possui (Lisboa, 2007).

Pesquisas recentes mostram que no Brasil, apenas 14% dos empreendedores têm formação superior e 30% sequer concluíram o ensino fundamental, enquanto que nos países desenvolvidos, 58% dos empreendedores possuem formação superior (pesquisa GEM - edição 2008). De acordo com estudiosos no assunto, quanto mais alto for o nível de escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade.

Na busca de uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos, buscando explicações para transformações e incorporações dos conceitos como trabalho, emprego, empregabilidade e empreendedorismo que surgiram ao longo dos anos, os valores das organizações constitui uma fonte primordial, estas por sua vez estão “organizadas em torno de um sistema de valores que constituem uma doutrina e apresentam-se como enunciados de verdades” (Sarriera, 2004, p. 129). Os valores de uma sociedade estão compartilhados, por hábitos, usos e costumes, códigos de conduta, tradições e objetivos que são aprendidos das gerações mais velhas, impostas pelos membros atuais da sociedade e passadas sucessivamente para as novas gerações. Desta forma, o compartilhamento destes valores passam a guiar e controlar certas normas de comportamento, sendo possível através deles ter uma visão parcial do funcionamento da organização e de sua cultura organizacional.

Elementos como valores, crenças e pressupostos, ritos, rituais e cerimônias, sagas e heróis, estórias, tabus, normas, filosofias de vida entre outros estão implícitos ou não estabelecidos declaradamente na cultura organizacional de uma instituição. Freqüentemente, esses elementos fornecem uma interpretação ou uma mensagem para os membros da organização a respeito do que considera-se importante e válido, sendo vividos dentro da organização por acreditarem ser uma garantia para o sucesso. Vale ressaltar que como o trabalho que representa diferente importância para os indivíduos, os valores sociais também são hierarquizados de diferentes maneiras.

Dentro deste contexto ao voltar o olhar para a área econômica, pode-se concluir que o economista como tantos outros profissionais devem estar alinhado às transformações ocorridas no mercado de trabalho, entretanto este profissional deve ter um forte arquivo dos acontecimentos passados, assim como também os olhos e mente bem aberto no presente e no futuro. Este profissional tem que ter uma forte visualização do ambiente em que atua tanto internamente como externamente, assim o economista ao ser consultado, deve estudar as possibilidades, compreender as conjunturas macro e microeconômicas, para que depois possa tomar qualquer decisão, ajudando estas tanto em âmbito público como privado. Vale ressaltar, que cada vez mais as previsões feitas por estes profissionais são capazes de alterar a realidade.

Percebe-se, que tanto para o economista como para profissional de outras áreas, a economia que emergiu após o fordismo, concomitantemente com o mercado de trabalho mais flexível, levou a busca incessante por eficiência e sucesso tornando impossível separar trabalho, emprego, empreendedorismo, empregabilidade do resto da vida. Para os produtores de idéias, intelectuais e aqueles que desempenham tarefas flexíveis, o mercado requer a criatividade vinte e quatro horas por dia, não se tem como ir para casa e deixar de pensar, às vezes a idéia mais criativa surge em um momento de lazer, não se trata mais de expansão do horário de trabalho, mas uma mistura entre trabalho e vida. Não podendo separá-las, vale uni-las numa síntese equilibrada traduzindo-as no que Domenico De Masi chama de “Ócio Criativo” (2001, p.26), ou seja:

Quem é mestre na arte de viver distingue pouco entre o trabalho e o tempo livre, entre a própria mente e o próprio corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Com dificuldade sabe o que é uma coisa e outra. Busca simplesmente uma visão de excelência em tudo que faz. Deixando que os outros decidam se está trabalhando ou brincando. Ele pensa sempre em fazer ambas as coisas ao mesmo tempo.

No mundo moderno trabalho, emprego, empreendedorismo, empregabilidade e valores organizacionais assumem diferentes graus de importância dependendo de cada indivíduo, no entanto, verifica-se que para todos, independente da área de atuação, o mercado atual exige que o indivíduo busque a desenvolver o seu potencial ao máximo, inovando-se constantemente, buscando novas formas de permanecer no mercado.

        Acadêmica: Débora Aparecida Rezini                   

REFERÊNCIAS

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999
CHIAVENATO, I. A corrida para o emprego: um guia para identificar, competir, conquistar um excelente emprego. São Paulo: Markron Books, 1997, p.57-83.
DE MASI, Domenico. A Economia do Ócio, organização e introdução.In: RUSSELL, Bertrand.O Elogio ao Ócio. In: LAFARGUE, Paul.O Direito ao Ócio. 2º ed.Tradução de Carlos Irineu W. da Costa, Pedro Jorgensen Júnior e Lea Manzi. Rio de Janeiro: Sextante, 2001.183p. Título original: Economia dell’ozio.
LISBOA, M. D. Empreendedorismo. Texto do Curso de Formação em Orientação Profissional – Instituto do SER, 2007.
KRAWULSKI, E. A orientação profissional e o significado do trabalho. Revista da ABOP, v. 2.1, 1998.
MINARELLI, J.C. Empregabilidade: como ter trabalho e remuneração sempre. 15 ed. São Paulo: Editora Gente, 1995, p. 37-74.
ROCHA, K.B.; SARRIERA, J. C.; PIZZIANATO A. Significado do trabalho e seus valores organizacionais. IN: ROCHA, K.B.; SARRIERA, J. C.; PIZZIANATO. Desafios do mundo do trabalho: orientação, inserção e mudanças. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

O Direito e o Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho relacionado ao direito é amplo,com diversas opções de atuação, na advocacia, magistratura, procuradoria, magistério,e diversas outras opções, podendo o profissional moldar-se à área que achar mais interessante, como ambiental, direitos humanos, política, infância, existindo mais um grande leque de opções nesse sentido. Assim, apesar de, na Universidade, o curso ser exclusivamente teórico, o profissional da área poderá sempre optar pela atuação que mais se enquadrar com o seu perfil..


No que se refere à advocacia, há dois caminhos para a atuação do advogado: a contenciosa, que envolve a prática forense para resolver os litígios, os conflitos, e a preventiva, que se consubstancia em consultorias a fim de promover orientações aos clientes. Normalmente o profissional da área acaba atuando tanto no contencioso como no consultivo, já que a cultura da prevenção ainda não é optada por todos os clientes.

Para se tornar advogado, a aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, é essencial, o que já não ocorrerá ao profissional que optar por concursos públicos.

O advogado precisa ter visão, ser firme e criativo para captar seus clientes. Diferente do que ocorre no concurso público, o profissional advogado não precisa apenas ter conhecimento técnico, precisando também, vender seu produto, já que a concorrência também é alta, sendo importante que o advogado integre associações da classe, redija artigos para publicações em revistas especializadas.

Também é essencial que o advogado esteja sempre se atualizando, diante da constante modificação de leis e entendimentos nos tribunais de justiça. Por isso, o formado em Direito precisa se preparar, estudar e investir em si, já que somente o curso ofertado na universidade não é suficiente para um mercado tão concorrente.

                                                                                        Acadêmica: Juliana Castro Ayres


                                                                                          

O Mercado de Trabalho para Engenharia Mecânica

Como estudante de engenharia mecânica acredito que o mercado de trabalho esteja esperando um profissional com visão generalista, mas que tenha afinidade com o campo escolhido dentro desta atividade. Contudo, é importante afirmar que em uma área de conhecimento tão vasta, optar dentre as diferentes atuações do engenheiro mecânico requer certo esforço para que sejam descobertas as verdadeiras, ou de maior interesse, aptidões do indivíduo e que este ao chegar ao mercado de trabalho receba o impacto das atividades profissionais de forma harmoniosa.


Creio que a universidade ao tentar formar mão-de-obra mais generalista, e portanto seguir as tendências do mercado, corre sério risco de levar à sociedade um profissional com conhecimentos pouco práticos e pouco profundos, assim deixando à cargo do mercado de trabalho, na forma de estágios e bolsas de iniciação científica durante a graduação, e de futuras especializações o aprofundamento e a prática. A meu ver, esta decisão por parte da universidade dificulta a opção, precoce, que esse sujeito terá de fazer pelas diferentes áreas de atuação do engenheiro mecânico.

Desta forma é de extrema importância que seja lançado mão do auto conhecimento como ferramenta no auxílio a tomada de decisões de forma mais segura no início de carreira. Aparentemente existe uma ilusão de que o engenheiro mecânico formado poderá ter experiências em diferentes áreas de conhecimento como: ciências térmicas, estruturas e mecânica dos sólidos, ciência dos materiais e processos de fabricação, sem a menor dificuldade, no entanto a realidade aponta que uma vez escolhido um campo de atuação fica, com o passar do tempo, mais difícil a troca ou reinserção no mercado em outra área.

De forma que um profissional possuidor de auto conhecimento consegue decidir sobre a melhor área de atuação, contemplando suas características pessoais, e desta forma trazendo motivação no desenvolvimento do seu trabalho no dia-a-dia, além de aumentar a identificação profissional, fazendo que o trabalho seja propulsor da auto-realização, tão comentada, do indivíduo.

Logo, o mercado de trabalho impõe, com a conivência da universidade, algumas decisões para o profissional mesmo que este não esteja preparado, ou queira fazê-las. Por isso da importância do auto conhecimento e da identificação profissional do trabalhador sobre suas intenções e objetivos na profissão.

                                                                                   Acadêmico: Julio Elias Hilgert

Empreendedorismo e Empregabilidade na carreira do jornalista

O mercado de trabalho na área do jornalismo, em Santa Catarina, é marcado pelo monopólio. Um só grande grupo de comunicações – a Rede Brasil Sul (RBS) – domina a maior parte do mercado do jornalismo impresso, online e televisivo. Este último começa a perder a exclusividade com o crescimento da rede Record no estado, porém, as maiores audiências continuam com a RBS. Dentro desse cenário, os alunos do curso já aprendem a preocupar-se com o futuro na carreira desde a primeira fase. A maioria quer sair do estado (até porque já veio de fora). Outros, encontram alternativas no campo da assessoria de imprensa ou comunicação institucional. Por fim, uma alternativa menos estável, mas muito libetadora: a prática do freelancer.


As assessorias oferecem empregos estáveis e com boa remuneração. As redações, por outro lado, são marcadas pelo trabalho intenso, em horários, muitas vezes, ingratos (como as madrugadas) e não controlados: ou seja, o profissional nunca sabe a hora em que voltará para casa. Por fim, o freelancer trabalha por conta própria, faz sua própria rotina e vende seus produtos a preços que podem superar o salário de um repórter, porém, não tem a estabilidade e benefícios de um emprego fixo, o que acaba tornando a prática uma segunda opção, para complementar a renda.

A situação não é fácil para quem está prestes a sair da faculdade e inserir-se no mercado. As grandes empresas pelo Brasil afora, como a Folha de São Paulo e o jornal O Estado realizam trainees para os chamados “focas” – jornalistas iniciantes ou recém-formados – que podem ser efetivados em suas redações. Porém, aqui na região, não existe essa saída. Quem não pretende ir embora do estado, pode tentar uma vaga em algum veículo da RBS, o que não é fácil, já que dificilmente o grupo abre vagas para estagiários e o fator “Q.I.” (o famigerado “quem indica”) parece ser o critério básico de seleção. Felizmente, para quem não tem sua preferência restrita ao campo da reportagem, existem as alternativas citadas anteriormente e o campo para estágio e atuação profissional é bem mais vasto, afinal, todas as empresas que se preocupam com sua imagem diante da mídia precisam de assessores de imprensa. E o freelancer pode fazer as reportagens ou produtos institucionais que quiser, quando quiser, e vendê-los para quem estiver interessado.

Dentro desse contexto, o conceito de empregabilidade torna-se fundamental na vida do jornalista. Ele deve estar pronto para adaptar-se às ofertas do mercado, já que dificilmente o formando sairá da universidade para atuar exclusivamente como repórter. É por isso que o curso, predominantemente prático, oferece uma vasta gama de disciplinas que vão desde a redação para impresso até o desenvolvimento visual de um website. Quem conseguir conciliar todas as habilidades, terá o maior índice de empregabilidade. É grande a rotatividade nas redações e o famoso “faz tudo” é o que tem as maiores chances de conseguir uma vaga. Portanto, é importante livrar-se de preconceitos durante a faculdade, como os de que “assessoria não é jornalismo”, ou “não sou designer, sou jornalista”. A imagem do profissional que vai às ruas atrás dos furos é o que incentiva a maior parte dos estudantes do curso a ingressarem nessa carreira, mas essa mesma imagem precisa ser diluída ao longo do curso para que, no final, cresçam as chances de o aluno conseguir um emprego.

Logo, empreender, nesse cenário, é muito difícil. É praticamente impossível um jornalista abrir uma própria empresa de comunicações, pois não há como concorrer com os grandes conglomerados pelo Brasil. A iniciativa pode dar certo, talvez, no ramo da comunicação institucional, que funciona mais como publicidade do que como jornalismo propriamente dito. Outra área que tem ganhado visibilidade, mas que tem poucos profissionais do jornalismo aptos a praticá-la, é o webjornalismo. Empreender nesse ramo parece oferecer muitas chances de sucesso, pois é um segmento da profissão que requer total convergência e habilidade para trabalhar tanto com texto quanto com vídeos, fotos, som, design e um pouco de programação. Ou seja, mais uma vez: aquele com mais competências, ou ainda, maior índice de empregabilidade, é quem irá se sair bem no ramo. Se, aliada a todas essas habilidades, ainda estiver o espírito empreendedor, o sucesso é praticamente garantido.

No cenário competitivo e restrito do jornalismo, principalmente em Santa Catarina, conclui-se que a empregabilidade é o fator chave para o sucesso profissional. Despir-se de preconceitos e desenvolver outras habilidades além daquelas tradicionais do jornalista também é fundamental, e é preciso correr atrás disso por toda a vida. Afinal, enquanto uma pessoa está na redação atuando exclusivamente na reportagem, há vários “focas” talentosos em texto, vídeo, imagem e web querendo uma vaga. Estabilidade longa, até a aposentadoria, parece impossível. Mas pode-se vislumbrar um futuro mais otimista se o empregado estiver sempre sintonizado com as novas tecnologias e execitar constantemente a criatividade, para conseguir manter-se em evidência em meio a tantos concorrentes.

                                                                                          Acadêmica: Risa Stoider

A escolha de uma profissão

Quando falamos em identidade e os papéis social, nos deparamos com as várias formas de ver as formas de relacionamentos: ora estamos com um papel ou em outro que formará uma identidade x; o que explica a diferença de cada indivíduo em algumas categorias acaba por igualá-lo em outras. Exclui de um grupo maior para incluir num grupo menor e mais especifico. A construção da identidade dá através das relações do individuo com o mundo. Portanto, não há percepção de identidade se não pensarmos em relações sociais. Identidade é um jogo dialético entre a igualdade e diferença. Nossa identidade vem sendo construída desde a gestação, onde ao nascer desenvolvemos com algumas atribuições com as quais têm que lidar durante toda a vida. Isto se desenvolve através da simbologia do espelho de forma clássica de vermos como os outros nos vêem.


Na gestão de pessoas na era do conhecimento segundo os grandes filósofos é uma grande dificuldade de conhecer a si mesmo o que leva em conta as dicotomias e contra posições que caracterizam a condição humana, que podem ser dividida em: histórica (fruto de uma determinada configuração sócio-política-econômica-cultural) ou existenciais (permanentes e inseparáveis da condição humana). Segundo Fromm, “só reconhecendo a situação humana, as dicotomias inerentes á sua existência e a sua capacidade para ampliar suas forças, será capaz de ter êxito nessa missão: a de ser ele próprio e por si próprio, e de conseguir a felicidade por meio de concretização total das faculdades que lhes são peculiares- a razão, o amor e o trabalho produtivo; Temos algumas pesquisas que elaborou uma escala de classificação do desenvolvimento cognitivo do adulto em 5 estágios: impulsivo, imperial, interpessoal, institucional e inter individual. Mas que na realidade somos classificados em apenas nos 3 primeiros, o interpessoal atinge principalmente as relações trabalhistas.

Quanto a escolha profissional podemos escolher o emprego de várias formas: desde as mais simples como um sorteio, meios esotéricos, ou até mesmo a opinião dos pais, etc. Porém é que a realidade é outra, são os profissionais que carregaram sua profissão ao longo da vida, seja ela qual a escolha que for. Ao concluir geralmente o 2º grau, já temos que optar por essa escolha; que pode ser muitas vezes pode ser feitas por teste vocacionado, enfim ao optar por um trabalho é escolher a forma pela qual queremos participar do mundo em que vivemos e tornar-se uma forma de ser responsável pela escolha de outras pessoas. Muitas vezes as escolhas são de forma meia preciptada sem terem noção do que realmente querem ou esperam de sua profissão.

Enfim, a escolha profissional vem ocorrendo mudanças desde sua forma mais primitiva seja ela na elaboração das suas ferramentas para a execução das suas atividades, com as maneiras traduzidas no cotidiano até então instalados. Com o inicio da Revolução Industrial começou ocorreras as mudanças históricas relacionadas com a época: as manufatoras sendo implantadas e as formas de foram vistas as relações de trabalhos e os seus respectivos significados para os indivíduos.
                                                                                                      Acadêmica: Ivonete Weber
                                                                                             

O mercado de trabalho em Administração

O mercado de trabalho envolve basicamente dois agentes: quem procura o emprego (empregado) e quem oferece o emprego (empregador).há uma serie de variáveis que podem afetar esses agentes e por conseqüência o mercado em que eles atuam (mercado de trabalho). O conjunto de variáveis e a maneira como elas interagem em determinado período da historia determinarão o comportamento dos agentes e a evolução do mercado de trabalho.


Nas ultimas décadas o mercado sofreu alterações significativas no que se refere devido a variáveis econômicas, políticas, legais que agiram também sobre esse mercado. Para os empregados as mudanças consistiram no aumento de “exigências” (que vão desde habilidades, conhecimentos técnico até a postura do empregado diante do mercado) que o mercado pede. Hás duas décadas atrás, tinha-se um cenário onde o diploma de curso superior possibilitava a diferenciação e ascensão no mercado de trabalho, atualmente temos um cenário que se mostra exigente o bastante para que nunca pensemos em parar de estudar e que para conseguir diferenciação é necessário ser um multi-especialista.

No campo da administração de empresas essas mudanças também foram percebidas e sentidas. Atualmente o curso de administração é o segundo curso de graduação que mais forma no Brasil (primeiro lugar é Direito), por ser um curso multi disciplinar e teoricamente atender essa necessidade do mercado. A infinidade de profissionais de administração que ingressam no mercado de trabalho a cada ano aumenta a concorrência e por conseqüência torna o mercado mais exigente ainda para esses profissionais.

A área em questão é muito abrangente, o que permite ao profissional de administração atuar em diversos ramos do setor público, privado e não governamental. As principais áreas de atuação, segundo o Conselho Federal de Administração (CFA), são finanças, marketing, mercadologia, recursos humanos, orçamento, relações industriais, administração de material e de produção e organização e métodos e programas de trabalho.

A diversidade em áreas onde o profissional de administração pode atuar é um dos grandes diferenciais da profissão que atrai os estudantes para a mesma. A dinâmica da profissão é ao mesmo tempo um ponto forte e um ponto fraco. É um ponto forte por proporcionar o conhecimento em todas as áreas de uma organização e ate mesmo da sociedade, fazendo com que o profissional seja capaz de compreender o comportamento e posicionamento de cada elemento organizacional, mas também é um ponto negativo porque a diversidade dá margem a superficialidade, o que pode disponibilizar ao mercado profissionais pouco competentes.

Sobre o perfil do administrador, foi realizada uma pesquisa pelo órgão acima citado que aponta os homens como a maioria na carreira, correspondem a 67% dos profissionais. Cerca de 67,8% possuem emprego com carteira assinada. De acordo com os dados da pesquisa, a renda média mensal nacional de um administrador de empresa fica em torno de 11,5 salários mínimos, aproximadamente R$ 4.025.

Segundo esse mesmo órgão há 230 mil administradores de empresas cadastrados no CFA. Segundo a instituição, também estão no mercado de trabalho os bacharéis em administração, que são os estudantes formados que não se credenciaram no conselho. Não há dados precisos sobre esses profissionais. Na profissão administrador é comum acontecer de profissionais formados em outras áreas ocuparem cargos administrativos (em especial de alta gerencia). Essa migração de profissionais de outras áreas para o gerencial durante a carreira dar-se, entre outros motivos, pela abertura que os profissionais de administração concedem.

O mercado de trabalho para administradores se mostra promissor a longo prazo, uma vez que fatores externos como os sinais de recuperação da economia mundial e o amadurecimento da economia brasileira, além da tendência para que as pequenas e médias empresas se profissionalizem cada vez mais rápido. Haja vista a amplitude de atuação da administração,

                                                                                              Acadêmica: Carolina Schmitt Nunes

A Psicologia e o mercado de trabalho

Antes de falar sobre mercado de trabalho, é importante esclarecer os conceitos de trabalho e emprego.


Trabalho é toda e qualquer atividade que tem uma finalidade e exige tempo. De acordo com Codo (2006), trabalho é um processo de dupla transformação, onde o homem e a natureza se transformam e através desta produzem sentido. A ação se transforma em trabalho quando tem significado, possibilitando ou não prazer na atividade executada.

Já o emprego é o estabelecimento de um vínculo formal, informal ou contratual entre empregador e empregado, é a troca de trabalho por remuneração.

A nossa escolha profissional é que nos remeterá a uma inserção no mercado de trabalho. Ao meu ver, o curso de graduação em Psicologia da UNISUL prepara os acadêmicos para algumas atuações, através de experiências em estágios obrigatórios, mas ao final do curso, o que acredito ser o momento mais importante, devemos optar pela área da saúde ou do trabalho, não podendo optar por uma pequena experiência em cada área de atuação. Acho esse momento muito confuso, pois ainda não tivemos nenhuma experiência em relação a estas duas áreas, somente uma pequena base teórica. Além disso, temos experiência na área clinica, independente da escolha.

Na minha graduação, sabemos que os Psicólogos recém formados, que decidem pela área do trabalho e buscam emprego ou contrato na área organizacional, exercendo atividades como recrutamento, seleção e treinamento, entre outros, são os profissionais que se sucedem de forma mais rápida e segura na profissão. E aqueles que fazem a sua escolha pela área clinica, normalmente já procuram concluir junto com a graduação ou logo após uma abordagem para que assim possam começar a atender na clínica. Percebe-se que esses alunos, normalmente são aqueles com mais experiência de vida, com outras profissões e/ou graduações. Alguns são empreendedores e empregadores e outros têm planejamento de abrir o seu próprio negócio, buscando uma autonomia e horários flexíveis, muitas vezes com o intuito de conciliar sua vida profissional à pessoal. Em relação a área da saúde, nada se ouve, o que já era de se esperar, pois sabemos que esta inserção é normalmente por concurso público.

Sabemos que o mercado de trabalho nos dias atuais está cada vez mais escasso, exigente e a concorrência está cada vez mais acirrada. Isto acontece, porque o mercado encontra-se em constante transformação. Se formos pensar por um lado, não deixa de ser algo válido no que refere a qualidade dos trabalhadores, mas por outro, vemos que está cada vez mais difícil conquistar o mercado, pois além de apresentar um curso superior ou técnico, a cobrança é ainda maior, como, cursos de formação, pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado.

Para nos tornarmos empregáveis, devemos continuar buscando formas de nos aperfeiçoar e assim nos diferenciar dos outros profissionais, pois se ficarmos estagnados na graduação, um concorrente que possui as qualificações exigidas pelo empregador preenche a vaga por você almejada. Portanto devemos estar o tempo todo em movimento, atualizados e qualificados. Esta é a lei da concorrência.

                                                                                               Aluna: Franciele Alves